segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
quarta-feira, 17 de outubro de 2018
2ª edição do Festival EcoArte Itaitu acontece nesta semana
De sexta a domingo, o distrito será palco para atividades
diversificadas
Por Verusa Pinho
Música, teatro, pintura, capoeira, cinema, artesanato,
culinária regional... Esses são alguns destaques do II Festival EcoArte Itaitu,
que acontece a partir desta sexta-feira, 19, e segue até domingo, 21.
Iniciativa da Associação de Ação Social e Preservação das
Águas, Fauna e Flora da Chapada Norte (ASPAFF), a proposta é fruto de edital
contemplado pela Secretaria de Cultura da Bahia, através do Programa Federal
Mais Cultura, e conta com apoio da Prefeitura Municipal de Jacobina e do
comércio local.
Tendo como sede a Casa de Cultura Pedro José da Silva, o
Ponto de Cultura EcoArte Itaitu tem contribuído para a formação e o
desenvolvimento da comunidade por meio de atividades formativas. No fim de cada
ciclo do projeto, acontece o Festival, uma vitrine para apresentação dos
resultados alcançados, produtos desenvolvidos, sendo, ainda, oportunidade de
fonte de renda para os moradores.
Programação
De 19 a 21 de outubro, grupos artístico-culturais da região
e convidados compartilharão seus talentos com nativos e turistas, que
aproveitam o momento para conhecer as famosas trilhas e cachoeiras de Itaitu.
Na ocasião, haverá o II Festival Gastronômico da Roça, resultado da articulação
do Grupo de Mulheres do distrito sob orientação da nutricionista Veranúbia
Mascarenhas. Expositores de outras localidades também estarão na praça
comercializando suas produções.
Dentre os artistas que animarão a praça no primeiro dia de
evento (sexta-feira), a partir das 20h, está a dupla Pedro e Zebeté; Cicinho e
Julie de Assis. No sábado, a programação começa pela manhã, com performance
artística de Cícero Matos, seguida de apresentação de capoeira, Grupo de Teatro
Sarau das Seis, Filarmônica 2 de Janeiro, Fanfarra de Itaitu e Orquestra Arte
de Tocar.
Ao lado de André Manfrine, também se apresenta o cantor e
compositor Geraldo Azevedo, convidado especial da noite. Com um show intimista,
em voz e violão, ele trará grandes sucessos, como “Táxi Lunar”, “Bicho de Sete
Cabeças” e “Caravana”, bem como músicas do último álbum “Salve São Francisco”,
incluindo canções inéditas que serão inseridas em seu próximo trabalho.
No domingo, a partir das 14h, é a vez da Trupe Circense do
Benas divertir o público. Na sequência, a Filarmônica Juvenil Rio do Ouro,
Fanfarra do Paraíso, Pelé Rasta e a banda Locomotivos da Chapada encerram a
programação do Festival.
Conscientização
Neste ano, o tema “Água: uma questão de vida” foi escolhido
pela equipe organizadora como fonte de reflexão e ação, devido à necessidade de
conscientização quanto à preservação deste reduto ecológico, que tem recebido
um intenso fluxo de turistas, sobretudo na cachoeira Véu de Noiva, principal
responsável pelo abastecimento de água da vila.
“Esperamos que todos aproveitem os três dias de festival de
maneira harmônica, respeitando os costumes locais e os moradores, bem como a
natureza que integra Itaitu”, comenta Richard Silva, atual presidente da ASPAFF
Chapada Norte.
Segue lá no Instagram: @ecoarteitaitu
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
segunda-feira, 23 de julho de 2018
terça-feira, 10 de julho de 2018
Aterro controlado de Jacobina pode virar um lixão, alerta MP-BA
Na semana passada, o BNews repercutiu
um suposto crime ambiental que estaria ocorrendo no aterro controlado da cidade
de Jacobina, no centro norte baiano. Uma das supostas irregularidades apontadas
foi o chorume que estaria escorrendo em direção à Lagoa Antônio Teixeira
Sobrinho. Além disso, o lixo também estaria sendo disposto de forma inadequada,
e sem qualquer planejamento técnico.
O município foi um dos alvos de
uma recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) no ano
passado. Entre as indicações feitas pelo promotor de Justiça Pablo Almeida
estava o encerramento da atividade de lixões, a redução do impacto ambiental
causado pela disposição ilegal de resíduos sólidos em locais não qualificados
como aterros sanitários pelos órgãos ambientais, e obediência à destinação
correta dos resíduos do serviço de saúde.
Em entrevista ao site, o promotor
detalhou a visita feita ao aterro, realizada no dia 25 de junho deste ano. “Se
a legislação proíbe lixão, que dirá vários. E, o município de Jacobina tinha
vários. Alguns deles são o lixão em Itaitu, lixão em Laje dos Batatas, e no
distrito de Cachoeira Grande. Apesar disso, a gente já observa um avanço em
relação aos outros municípios com o fechamento de lixões”, relata.
Apesar de Jacobina apresentar uma
considerável melhora na gestão do lixo desde que a recomendação foi feita, a
cidade ainda possui deficiência na gestão do lixo, principalmente após a
prefeitura encerrar contrato com a Empresa de Engenharia Sanitária e
Construções Ltda. (Empesa). “Esse serviço vem sendo prestado com condições que
o Ministério Público avalia como não ideais. Não existe responsável técnico,
significa dizer que não existe engenheiro sanitário para indicar
como o serviço deve ser feito. Uma das questões que a gente identificou, é
que o aterro controlado precisa de recobrimento do lixo. Chega o caminhão,
deposita o lixo, em cidades maiores essa recomendação deve ser diária, com
material argiloso, e esse serviço não é realizado. O aterro de Jacobina, se
controlado dessa forma, vai se tornar um lixão”, alerta o promotor Pablo
ao BNews.
O promotor reforça que o
problema agravou-se após o fechamento de outros lixões na cidade,
representando aumento de 80% do lixo no aterro. “Efetivamente, a gente tem
uma situação um pouco melhor do que em outros municípios, mas este aumento de
lixo que chega enfrenta dificuldade de gestão. Esses lixões existentes no mesmo
município têm potencial de dobrar o lixo produzido pela sede. O aterro
recebia 50 toneladas por dia, quando fecharam os lixões, houve aumento para 90
toneladas”, explica e acrescenta que em breve o “município já vai ter que
construir uma nova estrutura”.
Sobre o chorume que supostamente
escorre em direção à Lagoa Antônio Teixeira Sobrinho, o promotor afirmou
que fará novas recomendações para prefeitura. “O aterro controlado
cumpre quase todas normativas, menos a impermeabilização do solo. E, o chorume
tende a extravasar para os recursos hídricos. Tem chovido mais do que o costume
na região. Isso gerou um aumento de chorume, que é captado por uma
estrutura. Na visita, foi possível verificar que o volume de chorume chegou no
nível do cano que recolhe o líquido. Vamos fazer recomendação para que o
recobrimento volte a ser feito”, acrescenta.
Procurada pelo BNews, a
prefeitura informou que “os sistemas designados a promover a coleta, o
transporte e a destinação final dos resíduos urbanos encontram-se vinculados às
administrações municipais. Um dos grandes desafios enfrentados pelas
Prefeituras, neste contexto, é onde dispor estes resíduos, com segurança. O Município
de Jacobina, não sendo uma exceção na situação geral encontrada no Estado da
Bahia ou mesmo no Brasil, dispõe de seus resíduos sólidos urbanos em um Aterro
Controlado”.
Leia a nota na íntegra enviada
pela prefeitura.
A Prefeitura de Jacobina no que
diz respeito às suas atribuições, tem buscado cumprir com diretrizes de
políticas públicas que tragam melhorias significativas à população,
principalmente com relação ao Meio Ambiente. Dentre as ações do município está
o cuidado incondicional com o Aterro Controlado, diga-se de passagem o único do
Centro Norte do Estado a Bahia. O Espaço em que se encontra o Aterro Controlado
é atualmente administrado pelo município, visando dar um tratamento eficaz aos
resíduos sólidos, além de mantermos tanto na coleta quando na reutilização de
materiais recicláveis, uma parceria profícua com a Cooperativa de Catadarores
de Materiais Recicláveis. A Prefeitura de Jacobina tem buscado ter um
relacionamento estreito com o Ministério Público, visando cumprir todos os
normativos colocados pelo órgão, dentre os tais a busca por uma área para
implantação do Aterro Sanitário que ainda não dispomos. Com relação à denúncia
enviada ao Site Bocão News, sabemos do espírito democrático que norteia o bom
jornalismo, como feito pelo Bocão News buscou o contraditório.
Infelizmente a denúncia é infundada e carregada de preconceito político. Atualmente a Cooperativa de Catadores gera dezenas de empregos à famílias que antes moravam no extinto lixão, estas famílias hoje tem uma renda per capita mensal de R$ 1.300,00 (Hum mil e trezentos reais).
Os sistemas designados a promover a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos urbanos encontram-se vinculados às administrações municipais. Um dos grandes desafios enfrentados pelas Prefeituras, neste contexto, é onde dispor estes resíduos, com segurança. O Município de Jacobina, não sendo uma exceção na situação geral encontrada no Estado da Bahia ou mesmo no Brasil, dispõe de seus resíduos sólidos urbanos em um Aterro Controlado.
É sabido que, após o fechamento dos lixões dos Distritos do Município (em agosto de 2017), houve um aumento significativo da quantidade de resíduos dispostos no Aterro Controlado, interferindo diretamente na sua operação, pois, eram dispostos cerca de 50 t/dia, no entanto, atualmente, são 90 toneladas/dia, um aumento de 80%.
A metodologia aplicada no Aterro atualmente é a mesma da empresa que anteriormente realizava a operação, bem como, a equipe operacional, exceto o administrador.
A distância do Riacho de Suzano (que desemboca na Lagoa de Antônio Teixeira Sobrinho) e o Aterro é de 280m e a declividade (a relação entre a diferença de altura entre dois pontos) é de apenas de 5m, caracterizando uma baixa declividade, o que diminui o potencial da pluma de contaminação de chorume.
No mais, a Prefeitura Municipal, adotará ações emergenciais para sanar alguns problemas que foram encontrados e apontados.
Sem mais para o momento, renovamos nossos votos de estima e consideração.
Infelizmente a denúncia é infundada e carregada de preconceito político. Atualmente a Cooperativa de Catadores gera dezenas de empregos à famílias que antes moravam no extinto lixão, estas famílias hoje tem uma renda per capita mensal de R$ 1.300,00 (Hum mil e trezentos reais).
Os sistemas designados a promover a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos urbanos encontram-se vinculados às administrações municipais. Um dos grandes desafios enfrentados pelas Prefeituras, neste contexto, é onde dispor estes resíduos, com segurança. O Município de Jacobina, não sendo uma exceção na situação geral encontrada no Estado da Bahia ou mesmo no Brasil, dispõe de seus resíduos sólidos urbanos em um Aterro Controlado.
É sabido que, após o fechamento dos lixões dos Distritos do Município (em agosto de 2017), houve um aumento significativo da quantidade de resíduos dispostos no Aterro Controlado, interferindo diretamente na sua operação, pois, eram dispostos cerca de 50 t/dia, no entanto, atualmente, são 90 toneladas/dia, um aumento de 80%.
A metodologia aplicada no Aterro atualmente é a mesma da empresa que anteriormente realizava a operação, bem como, a equipe operacional, exceto o administrador.
A distância do Riacho de Suzano (que desemboca na Lagoa de Antônio Teixeira Sobrinho) e o Aterro é de 280m e a declividade (a relação entre a diferença de altura entre dois pontos) é de apenas de 5m, caracterizando uma baixa declividade, o que diminui o potencial da pluma de contaminação de chorume.
No mais, a Prefeitura Municipal, adotará ações emergenciais para sanar alguns problemas que foram encontrados e apontados.
Sem mais para o momento, renovamos nossos votos de estima e consideração.
quinta-feira, 5 de julho de 2018
41ª Romaria da Terra e das Águas acontece nesta sexta-feira, 06, em Bom Jesus da Lapa (BA)
Com o tema “Justiça e Paz na
terra! Compromisso e fidelidade em defesa da vida”, e o lema: “Se calarem a voz
do povo, as fontes secarão”, a 41ª Romaria da Terra e das Águas terá início
nesta sexta-feira (06), em Bom Jesus da Lapa (BA). O evento segue até domingo
(09) e contará com celebrações religiosas, debates e atividades culturais.
Durante a romaria, além das
demonstrações de fé, romeiros e romeiras participam de espaços de discussão e
formação social e política. “Nossas Romarias têm sido marcadas por experiências
de Fé e Vida de um povo peregrino, que reza, luta e propõe ações no chão da
vida. A terra, herança de Deus para nossos antepassados, continua sendo para
nós, sinal de sua aliança e espaço para o ‘bem viver’”, afirma a Carta
Convocatória para as atividades.
Este ano, a preocupação com o
atual contexto sociopolítico do país frente às agressões que os pobres e
indefesos tem sofrido, assim como o desrespeito aos direitos humanos, sociais e
naturais, fundamentais a todas as formas de vida, se faz presente. “Nos últimos
anos os povos e comunidades tradicionais têm sido profundamente atacados pela
grilagem de seus territórios e dizimados seus costumes. É preocupante o
agravamento dos conflitos por água nos territórios Quilombolas, Indígenas,
Fundos e Fechos de Pasto, Geraiseiros, Ribeirinhos, Extrativistas, entre
outros”, alerta a Carta Convocatória.
O tema da Carta Encíclica
“Laudato Si” do Papa Francisco deste ano, “Cristãos leigos e leigas, sujeitos
na Igreja em saída, a serviço do Reino” chamados a ser “Sal da Terra e Luz do
Mundo”, ( Mt 5,13-14), no seguimento de Jesus Cristo, inspirou a todos/as a
renovarem o compromisso de ser a “luz e sal no mundo”. Assim como se expressa o
Papa Francisco: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter
saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se
agarrar às próprias seguranças”.
A organização do evento é da
Comissão Pastoral da Terra – Bahia, Dioceses de Bom Jesus da Lapa, Barreiras,
Irecê, Barra, Caetité, Arquidiocese de Vitória da Conquista, Santuário Bom
Jesus e organizações e movimentos populares.
Segue a programação geral da Romaria
da Terra e das Águas:
quarta-feira, 4 de julho de 2018
sexta-feira, 29 de junho de 2018
Aspaff recebe kit difusão audiovisual
A Aspaff Chapada Norte recebeu na manhã dessa sexta feira
(29) kit difusão audiovisual de produção do cinema baiano (filmes, livros,
catálogos, cartazes). O material foi enviado pela DIMAS - Diretoria de
Audiovisual / FUNCEB - Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Todo material recebido será direcionado para a Biblioteca Miguel Gomes de Oliveira, dentro do Ponto de Cultura EcoArte Itaitu e estará a disposição de toda comunidade.
terça-feira, 26 de junho de 2018
Extração de ouro em Jacobina entra na mira do MP-BA
Os problemas ambientais causados
pela atividade de extração de ouro feito pela Jacobina Mineração e Comércio
Ltda. (JMC), empresa do grupo canadense Yamana Gold, serão discutidos em
audiência pública convocada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA),
através da Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente com sede na
cidade localizada no centro norte da Bahia.
O encontro foi marcado para o dia
19 de setembro pelo pelo promotor de Justiça Pablo Antonio Cordeiro de
Almeida. O evento tem previsão de início para as 8h, no Colégio Gilberto Dias
de Miranda, conhecido como COMUJA, situado à Rua Antônio Manoel A. de Mesquita,
no bairro Félix Tomaz.
Segundo o órgão, serão debatidos
“os impactos ambientais da atividade de extração de ouro seja nas águas, rios,
solo, subsolo, ar, comunidades tradicionais, dentre outros, assim como colher
elementos para atuação ministerial, com a possibilidade de prejuízo, inclusive,
para os mananciais que fornecem água para consumo humano da cidade de Jacobina
e também para que sejam debatidas as medidas mitigatórias e compensatórias
pertinentes, quiçá com a paralisação temporária das atividades para correção
das ilegalidades verificadas, se for o caso”.
Além disso, o órgão acrescenta
que “busca-se colher subsídios da atuação ministerial quanto a
corresponsabilidade dos órgãos ambientais e da Embasa quanto a estes danos e
suas consequências, em razão da forma de relacionamento com os problemas
ambientais gerados pela JMC-Yamana”.
Estão entre os objetivos do
MP-BA, “obter esclarecimentos, informações e documentos que venham a sustentar
as várias posições dos membros do MP quanto às matérias difusas e permitir a
manifestação dos interessados, democraticamente a respeito dos temas”.
Entre os convidados esperados, de
acordo com o MP-BA, estão autoridades federais, estaduais e municipais
diretamente envolvidas nos temas, representantes de sociedade civil, bem como
as Câmaras de Vereadores de Jacobina e Miguel Calmon, os membros do Comitês da
Bacia do Itapicuru, do Salitre e do Rio São Francisco, o Ministério Público
Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Bahia (OAB-BA), as
comunidades do entorno da Mineração, de Jabuticaba, Canavieiras e Itapicuru, a
Comissão Pastoral da Terra, os integrantes do Conselho de Meio Ambiente de
Jacobina e do Conselho Gestor do Parque Sete Passagens, representantes da JMC –
Yamana, Sindicato de trabalhadores ou patronal, Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia da Bahia (CREA-BA).
Na oportunidade, será feita
exposição dos procedimentos e provas colhidas pelo MP-BA, e haverá
posicionamentos de representantes do Instituto Estadual do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (Inema), da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A.
(Embasa), e da JMC.
Na ocasião, o MP-BA informou que
será respeitando o limite de lugares no auditório, serão reservados 30% das
cadeiras em frente ao local da exposição. Assim, 10% serão para representantes
do poder público, 10% para convidados da sociedade civil organizada, e 10% para
representantes da empresa JMC-YAMANA. Os outros assentos disponíveis serão
liberados por ordem de chegada.
Inquérito - O MP-BA já
investiga o suposto vazamento de produtos químicos da Empresa Jacobina
Mineração e Comércio que teria ocasionado a morte de animais silvestres,
peixes, galinhas, entre outros. No último dia 20, o promotor Pablo Antônio
prorrogou o inquérito que investiga o crime ambiental denunciado por moradores
da região.
Quando o caso foi denunciado, a
Jacobina Mineração e Comércio informou que, "diferentemente do que tem
sido divulgado, não houve qualquer ocorrência na região dos rios que abastecem
a cidade de Jacobina que possam causar riscos para a saúde humana e
animal".
A empresa informa ter havido um
fluxo hidráulico de água limpa, proveniente do Reservatório do Cuia, no rio
Itapicurizinho, e, desde já, refuta qualquer alegação ou inferência quanto a
ocorrência de acidente ambiental. Cabe registrar também, que a água que circula
na tubulação em questão é utilizada nas instalações hidráulicas e para
irrigação de plantas e mudas do viveiro da empresa.
Análises técnicas realizadas por
profissionais especializados comprovam que não há alteração físico-química nas
águas dos rios próximos ao empreendimento, comunidades e barragem de
abastecimento de Jacobina
.
.
A empresa destaca que possui
programa de monitoramento de recursos hídricos, o qual não identificou
anormalidade nos parâmetros de qualidade das águas. A Jacobina Mineração que
seu sistema de gestão ambiental tem o objetivo de garantir a conformidade das
operações com os mais rígidos procedimentos de segurança operacional, de saúde
e meio ambiente, de forma a assegurar o cumprimento da legislação aplicável.
Ainda na oportunidade, a empresa
destacou que a fiscalização realizada no dia 17 de abril de 2017 foi feita
unilateralmente, pelo Promotor de Justiça de Meio Ambiente, sem a participação
da empresa, que não foi formalmente instada a se manifestar sobre o evento
antes da veiculação da notícia, sendo certo que, caso fosse previamente
comunicada, os fatos teriam sido oportunamente esclarecidos.
Por: Foto Reprodução Por: Redação BNews
sexta-feira, 22 de junho de 2018
segunda-feira, 18 de junho de 2018
SERRA DO TOMBADOR EM JACOBINA-BA: SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS AMEAÇADOS
A Serra do Tombador,
em Jacobina – BA, compreende um divisor de águas entre a Bacia Hidrográfica do
Rio Itapicuru e a Bacia Hidrográfica do Rio Salitre. Corresponde a uma borda de
serra com mais de 75 Km de extensão onde afloram rochas de idade mesoproterozóica
do Grupo Chapada Diamantina. Estas rochas registram os processos de sedimentação
e de evolução tectônica ocorridas há milhares de anos, conforme apresentado por
diversos autores.
Nesta borda da serra
ocorrem também diversas pinturas rupestres, estas que representam um
determinado momento da história pré-colonial. Por conta disto, essa região apresenta
áreas classificadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
– IPHAN como sítios
Arqueológicos de relevância (Figura 1).
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Figura 1 – Pinturas rupestres na Serra do Tombador.
Para se ter uma ideia, em somente 40 Km de área mapeada ao
longo da Serra do Tombador já foram identificados pelo menos 41 sítios
arqueológicos (Costa, 2012) (Figura 2). Ainda assim, ao invés de observamos o
estímulo e a preservação desse patrimônio natural, o que tem ocorrido é a
destruição dos sítios e das representações rupestres, conforme já apontado por
diversos outros pesquisadores, por exemplo, Barbosa e Nolasco, (2010).
![]() |
Figura 2 – Mapa
indicando a localização dos sítios arqueológicos na região de Jacobina. Note
que a Serra do Tombador abriga a maior quantidade de sítios.
A Lei Federal
3924/61 estabelece que sítios arqueológicos não podem ser utilizados para exploração
mineral. Ainda assim, qualquer ato que contribua com a destruição dos sítios
arqueológicos é considerado crime contra o Patrimônio Nacional.
Muito embora sejam
inegáveis as potencialidades minerais da Serra do Tombador, o fato é que a
exploração em alguns locais é extremamente nociva. Principalmente quando as
áreas de preservação permanentes (APP) não são respeitadas (Figura 3).
![]() |
Figura 3 – Extração
de arenito em faixa mínima de 100 metros que acompanha a borda da escarpa da
Serra do Tombador, considerada como Área de preservação permanente (APP).
Apesar da importância dos registros para a compreensão da
cultura de populações extintas, estes locais não tem recebido a devida atenção
(Figura 4). Isto ocorre devido à ausência de políticas públicas efetivas de
conservação e de educação patrimonial na região. Destaca-se que esta região tem um enorme
potencial para pesquisa através de escavações que podem fornecer a idade da
ocupação humana em período pré-colonial. Além disso, a conservação desse
patrimônio pode também se tornar um importante vetor de renda para o turismo
regional, e, portanto a sua preservação faz-se necessário.
![]() |
Figura 4 – Abrigo
parcialmente destruído pelo fogo na Serra do Tombador.
Por fim, é dever do poder público, em conjunto com os mais
variados setores da sociedade, tomar ações que visem à conscientização da
população sobre a importância deste patrimônio natural, no que se refere às
questões históricas e científicas e, consequentemente, desenvolva mecanismos de
valorização e preservação de todo esse patrimônio.
Carlos Victor Rios da Silva Filho/Geólogo Dr.
Referência:
COSTA, Carlos
Alberto Santos - Representações rupestres no Piemonte da Chapada Diamantina
(Bahia, Brasil). Coimbra : [s.n.], 2012. Tese de doutoramento. Disponível em:
http://hdl.handle.net/10316/21072
BARBOSA, Ademário D.
; NOLASCO, M. C. . Diagnóstico das Áreas Degradadas e de Conflitos do Trecho
Sul da Serra do Tombador com o uso de Geotecnologias. Revista de Geografia , v.
27, p. 110-125, 2010. Disponível em : https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistageografia/article/download/228788/23202
terça-feira, 12 de junho de 2018
segunda-feira, 28 de maio de 2018
domingo, 27 de maio de 2018
terça-feira, 22 de maio de 2018
Sala Verde EcoArte Itaitu entre as novas Salas Verdes no país
País tem 243 novas Salas Verdes
Entidades selecionadas por
chamada pública serão chanceladas por tempo indeterminado e devem manter
informações atualizadas.
Brasília (18/05/2018) - O Ministério
do Meio Ambiente (MMA) divulga nesta sexta-feira o resultado da chamada
pública com os nomes das entidades selecionadas a se tornarem Salas Verdes com
a chancela do ministério.
Nesta chamada, foram
selecionadas 243 entidades que estão aptas a se tornarem Salas
Verdes. O Departamento de Educação Ambiental do MMA esclarece, no
entanto, que o número pode subir, já que ainda há entidades com pendências de
documentação. Até o momento, no total, já são 553 entidades em todo o país
habilitadas pelo projeto.
As salas Verdes são espaços de
múltiplas potencialidades, como disponibilizar acesso e democratizar as
informações, desenvolver atividades de educação ambiental como cursos,
palestras, oficinas, eventos, encontros, reuniões e campanhas de
conscientização.
De acordo com o projeto, podem
ter Salas Verdes as secretarias municipais de Meio Ambiente e Educação,
unidades de conservação, organizações governamentais e não governamentais e
organizações da sociedade civil de interesse público.
CONTRAPARTIDA
As instituições selecionadas
entram com o espaço físico, equipe, equipamentos e demais recursos. Em
contrapartida, o MMA chancela as atividades educacionais, divulga as
ações voltadas para o projeto e oferece formação a distância e materiais
educativos em formato digital.
Após a seleção, as instituições
devem manter as informações das novas Salas Verdes atualizadas, enviando
eventuais alterações para o Ministério do Meio Ambiente. A chancela terá a
vigência a partir da data de publicação dos resultados da seleção, por tempo
indeterminado, desde que apresentados, anualmente e quando solicitados, dados e
relatórios referentes às atividades realizadas pelas Salas Verdes chanceladas.
O projeto Salas Verdes foi
instituído no ano 2000, com o objetivo de atender às demandas de inúmeras
instituições que buscavam no Ministério do Meio Ambiente publicações
para subsidiar suas ações de Educação Ambiental.
Por: Bruno Romeo/ Ascom MMA
quarta-feira, 16 de maio de 2018
quinta-feira, 26 de abril de 2018
quarta-feira, 25 de abril de 2018
quarta-feira, 18 de abril de 2018
Evento discute dessalinização e reuso de água
Seminário internacional ocorrerá nos dias 24 e 25 em
Fortaleza (CE) e terá como um dos destaques o Programa Água Doce, do MMA.
Brasília (16/04/2018) – O Programa Água Doce,
do Ministério do Meio Ambiente (MMA), será um dos destaques do Seminário
daAssociação Latino-americana de Dessalinização e Reúso de Água (Aladyr), que
ocorrerá entre os dias 24 e 25 deste mês, em Fortaleza (CE).
O ministério apoia o evento, através do Departamento de
Revitalização de Bacias Hidrográficas e Acesso à Água, que tem a competência de
coordenar a implementação de ações de acesso à água por meio da dessalinização.
O seminário, o segundo do ciclo 2018 da Aladyr, terá como
tema "Dessalinização, Tratamento e Reúso de Água e Efluentes".
Além de especialistas brasileiros e estrangeiros, participarão do seminário
empresas de saneamento e abastecimento dos estados costeiros, instituições
públicas e privadas envolvidas na execução do PAD e fornecedores e demais
empresas da área de dessalinização no Brasil.
Durante o evento, que ocorre pela segunda vez no Brasil, os
participantes vão compartilhar experiências e trocar conhecimentos sobre
tecnologias e melhores práticas no setor. A ideia é estabelecer relações entre
países e empresas para o desenvolvimento de tecnologias com sustentabilidade
operacional, social e ambiental.
Além do Programa Água Doce, serão apresentadas
experiências com dessalinização de água do mar no arquipélago de Fernando de
Noronha (PE), na Região Metropolitana de Fortaleza e em Macau (RN). Haverá
ainda palestras sobre o panorama da dessalinização no mundo, na América Latina
e no Brasil. Clique aqui para ver a programação completa.
ÁGUA DOCE
O Programa Água Doce leva água de qualidade para
centenas de comunidades do semiárido brasileiro. É considerado exemplo para o
mundo por inovar na utilização do processo de osmose inversa na dessalinização
de águas subterrâneas salobras para produzir água potável e pelo seu caráter
socioambiental.
SERVIÇO:
Seminário da Associação Latino-americana de Dessalinização e
Reúso de Água (Aladyr)
Data: 24 e 25 de abril
Local: Fortaleza (CE) - Hotel Oásis Atlântico, Praia do
Meirelles
Por: Elmano Augusto/ Ascom MMA
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)
(61) 2028-1227/ 1311/ 1437
Governo promove seminário sobre inovação da gestão ambiental e de recursos hídricos na Bahia
A Secretaria do Meio Ambiente do
Estado da Bahia (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(Inema) realizam, no dia 20 de abril, em Salvador, o Seminário Inovação da
gestão Ambiental e de Recursos Hídricos na Bahia. O evento, acontece no Fiesta
Convention Center, bairro do Itaigara, na capital baiana, a partir das 8h, e
marca o encerramento do Programa de Desenvolvimento Ambiental - PDA Bahia. Será
uma oportunidade de refletir sobre as temáticas ambientais, tomando como
exemplo os avanços alcançados pelo estado com a implantação do Programa.
As atividades do seminário
começam a partir das 8 horas, com a abertura da exposição sobre os projetos e
ações realizados pelos órgãos ambientais nas áreas temáticas Gestão de Águas,
Tecnologia e Informação e Governança Ambiental. A mesa de abertura do evento
acontece às 9 horas, contando com a presença do secretário estadual da Sema,
Geraldo Reis, da diretora geral do Inema, Márcia Telles, do representante do
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Hugo Flores Timoran, e
a Consultora de Operações de Desenvolvimento Sustentável do BID, Annette
Killmer, entre outras autoridades.
O encontro com vagas limitadas é
voltado a representantes dos municípios baianos que integram o Sistema Estadual
de Meio Ambiente, membros de órgãos colegiados e sociedade civil, estudantes,
especialistas e pesquisadores, gestores, técnicos e representantes do poder
público estadual e de instituições parceiras. Para conferir a programação e
outras informações, acesse: seminariopda.meioambiente.ba.gov.br
O Seminário pretende debater
questões e desafios globais, nacionais e locais na área ambiental, reunindo
especialistas convidados, gestores e técnicos, sendo uma grande oportunidade de
discussão sobre os avanços e desafios da gestão ambiental e de recursos
hídricos no estado da Bahia e no Brasil. Também será um espaço para consolidar
a integração entre os participantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente,
agregando os representantes das secretarias municipais em espaço de
fortalecimento e consolidação das parcerias.
Palestrantes
Para contribuir com as discussões
atuais sobre o Panorama da Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos, foram
convidados como palestrantes masters do seminário sobre Inovação da Gestão Ambiental
e de Recursos Hídricos na Bahia, o economista e professor da PUC-SP, Ladislau
Dowbor, e o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco,
Anivaldo Miranda.
Ladislau Dowbor é economista e
professor titular de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo. Foi consultor de diversas agências das Nações Unidas, governos e
municípios. Nos últimos anos, tem trabalhado no desenvolvimento de sistemas
descentralizados de gestão, particularmente no quadro de administrações
municipais, envolvendo sistemas de informação gerencial e políticas municipais
de gestão ambiental.
Anivaldo Miranda é mestre em Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável pelo PRODEMA/UFAL, foi reeleito
presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) e é
membro integrante do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas. Já foi
secretário de Estado em Alagoas e tem atuação nas áreas de planejamento e
gestão socioambiental, especialmente sobre assuntos relacionados à Gestão Participativa
de Recursos Hídricos no Brasil e sobre implantação dos instrumentos de gestão
das águas no contexto das bacias hidrográficas.
Mesas temáticas
A programação do evento segue com
três mesas temáticas e painéis de discussão. Governança Ambiental Focada em
Resultados será o primeiro tema, no turno da manhã, sob a coordenação do
superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Aderbal de
Castro, momento em que serão apresentadas a experiência e avaliação do Programa
de Desenvolvimento Ambiental (PDA Bahia) e a efetividade da descentralização e
desconcentração da gestão ambiental.
A segunda mesa abordará a
temática Tecnologia em Favor de uma Gestão Ambiental Moderna, coordenada pela
diretora geral do Inema, Márcia Telles. Na oportunidade, serão apresentados os
painéis Ferramentas Tecnológicas de Gestão, pelo superintendente de Estudos e
Pesquisas Ambientais da Sema, Luiz Ferraro, e o Mapeamento da Cobertura Vegetal
e Cadastro de Imóveis Rurais, por Maria Daniela Martins e Aldo Carvalho,
assessores técnicos do Inema.
Recursos Hídricos - Outra
importante mesa apresenta a temática Panorama da Gestão de Águas, coordenada
pelo superintendente da Sema, Luiz Ferraro. Serão apresentados os painéis
Planos de Bacias Hidrográficas e Monitoramento Quali-quantitativo de Recursos
Hídricos, pelo diretor de Águas do Inema, Eduardo Topázio. A cobrança do Uso de
Recursos Hídricos também estará em pauta, com a apresentação da diretora de
Política e Planejamento Ambiental da Sema, Elba Alves.
Finalizando o seminário Inovação
da Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos na Bahia, serão apresentados os
estudos de caso: Projeto Piloto de Restauração Florestal da APA Lago de Pedra
do Cavalo e o Plano Estratégico de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio
Cachoeira. O encerramento do encontro acontece às 18 horas, com o lançamento de
algumas ferramentas recentemente desenvolvidas no âmbito do Programa de
Desenvolvimento Ambiental – PDA Bahia.
Programa de Desenvolvimento
Ambiental
Iniciativa pioneira entre os
estados brasileiros, o Programa de Desenvolvimento Ambiental (PDA Bahia) foi
criado pelo Governo da Bahia, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e
o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em parceria com o
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Inserido na estratégia política
do Governo da Bahia para proteção do meio ambiente e gestão dos recursos
naturais, o PDA Bahia moderniza e aprimora o Sistema de Gestão Ambiental e de
Recursos Hídricos do Estado. Entre 2012 e 2018, o programa implantou e
consolidou ações de relevância para a Política Estadual de Meio Ambiente, de
modo a contribuir efetivamente para a conservação dos recursos naturais, em
particular dos recursos hídricos.
Foram implantados mais de 20
projetos e ações, de forma integrada e coordenada, perfazendo um investimento
da ordem de US$ 16,7 milhões, sendo US$ 10 milhões financiados pelo BID e US$
6,7 milhões de contrapartida do Governo do Estado. As ações tiveram foco
especial em áreas protegidas e nas áreas dos mananciais de abastecimento da
Região Metropolitana de Salvador e na Bacia do Leste.
SERVIÇO:
O quê: Seminário sobre inovação
da gestão ambiental e de recursos hídricos na Bahia
Quando: Dia 20 de abril,
sexta-feira, das 8h às 18h.
Onde: Fiesta Convention Center,
bairro do Itaigara, em Salvador.
Informações:
seminariopda.meioambiente.ba.gov.br
segunda-feira, 26 de março de 2018
GEOPARQUE SERRA DE JACOBINA: OPORTUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO LOCAL E COLABORAÇÃO ENTRE TERRITÓRIOS
Sabemos que a geologia e a
paisagem influenciaram profundamente a sociedade, a civilização e a diversidade
cultural de nosso planeta. Ainda assim, até poucos anos atrás não havia o
reconhecimento internacional do patrimônio geológico e sua importância nacional
ou regional. Não havia uma convenção internacional especifica sobre o
patrimônio geológico. Na tentativa de aumentar este reconhecimento, em 1996 foi
discutido o conceito de Geoparques por representantes da França, Alemanha,
Espanha e Grécia no Congresso Internacional de Geologia na China, e em 13 de
fevereiro de 2004 foi constituída uma Rede Internacional de Geoparques da
UNESCO.
Um geoparque é
uma área protegida que tem como elemento principal
seu patrimônio geológico associado a uma estratégia de desenvolvimento
sustentável. Corresponde a uma área onde sítios do patrimônio geológico
representam parte de um conceito de proteção, educação e desenvolvimento
sustentável. Possui não apenas um significado geológico, mas também ecológico,
arqueológico, histórico e cultural.
Geograficamente, um geoparque representa
uma área suficientemente grande e de limites bem definidos, de modo a subsidiar
o desenvolvimento econômico local. No entanto, um Geoparque não é uma unidade
de conservação, nem é uma nova categoria de área protegida. Sendo assim, à
ausência de um enquadramento legal de um Geoparque é a razão do sucesso dessa
iniciativa em nível mundial. Um geoparque tem por objetivo preservar o
patrimônio geológico para futuras gerações (geoconservação); educar e ensinar o
grande público sobre temas geológicos e ambientais, prover meios de pesquisa
para as geociências e discussões mais amplas das questões ambientais.
Existem atualmente 127 geoparques
em 35 países de todo o mundo, a maioria na Europa e Ásia. Todos estes
geoparques estão integrados no Programa Internacional Geociências e Geoparques
da UNESCO e recebem o título de “Geoparques Mundiais da UNESCO”. No
Brasil existe somente um geoparque integrado à Rede Global de Geoparques, o
Geoparque Araripe (2006) localizado no Estado do Ceará, o primeiro das Américas
e, até o momento, o segundo geoparque latino-americano.
Neste sentido, a Serra de
Jacobina demonstra um enorme potencial. Este conjunto de serras historicamente
teve sua importância relacionada à existência de camadas de conglomerados
auríferos de reconhecido valor econômico. Somado a isto, a Serra de Jacobina
destaca-se como a principal fonte de água potável da Bacia
hidrográfica do Rio Itapicuru. Além dos aspectos históricos e culturais,
destaca-se também pela presença de turfas de montanha, que em outras
partes do mundo são protegidas, pelo fato de serem elas próprias o habitat de
uma grande diversidade de espécies raras e servir como um verdadeiro
reservatório purificador de água. Tudo isso por si só já justifica a existência
de um Geoparque na região.
Portanto, a elaboração de uma
proposta do Geoparque da Serra de Jacobina, de forma integrada entre
os 10 municípios confrontantes (Figura1) com as Serras, parece ser uma medida
razoável e que contribuirá para aumentar a consciência e a compreensão dos
habitantes da região para questões chave com que a sociedade se depara
atualmente, por exemplo, a escassez e poluição dos recursos hídricos. Mas para
isso, se faz necessário um esforço conjunto dos meios acadêmicos, dos órgãos
governamentais de âmbitos federal, estadual e municipal, da iniciativa privada
e das populações locais
Por fim, a presença do Geoparque
Serra de Jacobina poderá desencadear na região um sentimento de orgulho,
de modo a fortalece a sua identificação com o território, o que por si só
somará esforços para o despertar de uma conscientização sobre a importância do
patrimônio geológico da região na história e na sociedade. Além disso,
contribuirá para o desenvolvimento sustentável das populações nas suas áreas de
influência, conciliando um modelo de desenvolvimento econômico à preservação e
manutenção dos recursos naturais disponíveis.
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Figura 1 – A – Mapa da Bahia indicando a localização da
Bacia Hidrográfica do Rio Itapicuru; B- Mapa de Localização da Serra de
Jacobina e Municípios confrontantes (Rios, 2017).
Carlos
Victor Rios da Silva Filho / Geólogo Dr.
quinta-feira, 22 de março de 2018
quinta-feira, 15 de março de 2018
Texto sobre Arborização Urbana de autoria do Biólogo João Augusto Bagatini
A poda drástica danifica
seriamente o vegetal e pode ser considerada um crime ambiental. Veja porque ela
não deve ser realizada, e porque este debate deve ser levado a sério pelo Poder
Público e pela população em geral.
Chegando o outono ou mesmo
durante o inverno, acentua-se nas cidades uma prática condenável, quando visto
do ponto de vista da proteção ambiental, da sustentabilidade ou mesmo do
respeito aos seres vivos.
Estamos falando da tradicional
prática de podas drásticas em árvores dos pátios das casas, praças e calçadas
da via pública. Algumas árvores são “decapitadas” com a remoção total da copa,
e quando interrogadas, as pessoas que fizeram ou comandaram tal calúnia ao
vegetal justificam que esta é a forma de revitalizar a árvores.
Na verdade, deve ser esclarecido
o que realmente motiva essa prática. Ao longo dos anos verifiquei que os
argumentos das pessoas para a poda drástica são fracos, egoístas e ignorantes:
• preguiça de varrer folhas
diariamente, em um período do ano em que árvores com folhagem caduca perdem-na
rapidamente em poucos dias.
• um entendimento empírico
de que a árvore precisa da poda anual, tal como o pai e avô da pessoa ensinou,
cuja validade do “ritual” nunca foi questionada.
• uma tentativa infantil e
inconsequente de controlar o porte da árvore mantendo-a com pouca altura. Isso
vai contra um conhecimento científico chamado “arquitetura de copas”, que
define a altura e formato da copa de uma árvore, os quais variam conforme a
genética de cada espécie.
• necessidade de sol durante
o inverno. Isso deriva da falta de planejamento de quem escolheu a espécie e a
plantou em local impróprio.
Por conceito, a poda drástica é
aquela que remove mais que 30 % do volume da copa de uma árvore ou arbusto.
Esta mudança brusca na condição da planta causa um desequilíbrio entre
superfície da copa (folhas com capacidade de fotossíntese e gemas dos ramos) e
a superfície de absorção de água e nutrientes (raízes finas). A reação da
árvore será de recompor a folhagem original, emitindo rica brotação de novos
galhos, como forma de garantir sua sobrevivência após um estresse sofrido pelo
manejo excessivo de sua copa. A reação de brotação deve ser entendida como uma
desesperada medida de sobrevivência, com produção de flores, dos quais
derivarão frutos e, finalmente, a semente, tão necessária para a produção de
descendentes. É desta reação natural das árvores podadas de forma drástica,
surgiu a equivocada noção de que a poda “revitaliza” o vegetal.
As árvores não dependem da poda
anual para viverem; ao contrário, as pessoas é que se beneficiam de alguma ou
outra forma com as podas, sem considerar a vitalidade da planta. Quando
rebrotam, os galhos desenvolvem-se em número muito maior que anteriormente,
pois cada galho podado dá origem a vários outros. Estes crescem
desordenadamente, dando um aspecto em vassourado à copa da árvore, que fica
artificializada e repleta de lesões e necroses nos galhos, comprometendo a
vitalidade a médio prazo, e impondo riscos inevitáveis às pessoas e bens
materiais, como queda súbita de galhos.
Os riscos mencionados acima são
causados pela fraca ligação dos novos ramos (futuros galhos) ao tronco de
origem, com grande fragilidade mecânica, pois têm uma inserção anormal e
superficial no tronco, que associado ao surgimento de podridões na mesma região
dos cortes, permitirá uma fratura eminente em vendavais ou colisão com
veículos, por exemplo.
Conheça agora as razões para não
se fazer poda drástica.
Consequências da poda drástica
a) Perda de reservas
energéticas do vegetal
Em espécies de folhagem caduca, a
remoção completa da copa da árvore (poda drástica) retira da planta as reservas
energéticas que ajudariam a mantê-la durante o inverno, uma vez que nesse
período ela se apresenta sem folhas e consequentemente não realiza
fotossíntese, além desses nutrientes serem muito importantes também no período
pós-inverno, quando a planta sai da dormência e começa a brotar. As folhas
armazenam pequenas quantidades de reservas, mas o desequilíbrio se dá não pela
perda foliar, mas sim dos ramos que contêm as gemas para as quais foram
translocados os nutrientes das folhas, já que essas cairiam por se tratar de
uma espécie caducifólia. O cinamomo, especialmente, aparenta ser melhor
adaptado a este tipo de poda, na opinião de leigos, mas isto se deve, na
verdade, à sua rapidez de crescimento.
b) Perda do equilíbrio
estético
As podas devem ser feitas levando
em conta a beleza resultante do serviço. Não deve-se mutilar o vegetal de forma
a deixá-lo feio, deturpando sua arquitetura de copa. Não se resolve, assim, um
dos motivos típico da poda drástica (controlar altura da árvore), pois em
alguns anos a árvore retomará a altura que tinha, sem nunca mais voltar a ter a
beleza e naturalidade características da espécie.
c) Apodrecimento do lenho
Outra conseqüência da poda mal
feita é o apodrecimento do lenho nos casos de cortes de grandes proporções, ou
em tocos restantes. Estes lenhos recebem umidade e o ataque de fungos e
insetos, sofrendo necroses muitas vezes profundas, principalmente se a árvore
possuir uma madeira muito fraca e porosa, como as aleluias, manduiranas,
cinamomos, tipuanas, etc.
d) Morte do vegetal
Em espécies não tolerantes ao
procedimento drástico de poda, pode acontecer a morte certa da árvore, como já
verifiquei em cerejeiras, grevílea e outras plantas de crescimento lento.
e) Dano, lesão, maltrato da
planta: Crime ambiental
O hábito da poda drástica deve
ser coibido com todas as forças pelo Poder Público, ONGs de proteção
ambiental e a opinião pública. Por tudo o que foi explicado acima, é muito
fácil entender que a poda drástica causa muitos males ao vegetal. Em se tratando
de árvores da via pública, ou seja, árvores ou plantas do patrimônio público, o
problema aumenta, visto que se caracteriza como Crime Ambiental. Isso é muito
sério, pois o autor de crimes ambientais responderá civil, penal e
administrativamente pelo seu ato.
A prática da poda drástica
infringe o artigo 49 da Lei Federal n° 9605/98 (Lei dos Crimes Ambientais):
“Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de
ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia.”a Pena é
de três meses a um ano, ou multa. Se for aplicada a multa, esta será de R$
100,00 a R$ 1.000,00 por árvore, conforme previsto no artigo 56 do Decreto
Federal nº 6.514/2008.
Apesar da opinião de alguns
juristas de que a poda drástica não constitui crime, felizmente a maioria deles
tem a clareza para entender que sim, é um crime intervir negativamente em
plantas de ornamentação.
Mesmo que não cause a morte do
vegetal, a poda anual drástica reduz sua vida útil, degrada seu estado
fitossanitário e colide com um direito difuso, ao intervir em um bem coletivo
(a arborização urbana). Este bem coletivo tem como funções melhorar a qualidade
de vida no meio urbano, ao promover sombreamento, conforto térmico no verão,
barrar ventos, sustentar a fauna urbana, especialmente a avifauna, colorir a
paisagem urbana durante as floradas e frutificações, e, subjetivamente,
perpetuar a noção de respeito à vida em suas mais variadas formas.
Algumas indagações para fazer
pensar
1) Se o que querem é sol no
inverno e sombra no verão, sem sujeira ou trabalho, não seria melhor usar um
toldo?
2) A pessoa que reclama das
folhas ou sombra no inverno é hipócrita a ponto de estacionar seu veículo na
sombra durante o verão?
3) Se uma árvore é podada
anualmente pela mesma razão, não seria mais racional e econômico ao Poder
Público fazer a substituição do exemplar por outro de espécie tecnicamente
adequada à situação local?
4) Prefeituras que realizam
a poda drástica como técnica vigente devem ser consideradas criminosas ambientais
e serem punidas devidamente?
5) Se as árvores dependessem
da poda anual, como se explica que as florestas sobrevivem muito bem sem a
presença humana? Será que há equipes de “seres mágicos”, como duentes
podadores?
6) Você, praticante da poda,
considera uma árvore um ser vivo?
7) Se você planta um
ipê-roxo, por que esperar que ele fique do tamanho de uma pitangueira?
8) Será que uma tradição
penosa pode prevalecer diante de conhecimentos técnicos embasados em
experiência e observação prática, que dizem o contrário?
9) Se a razão da poda é
visibilidade de letreiros, placas e vitrines, não falhou o planejamento do
marketing visual? Apostar na proteção das árvores não seria um ponto a favor da
empresa, que pode aderir ao marketing verde?
Pense nisso!
Autor: Biólogo João Augusto
Bagatini
CRBio 41.808-03D
Responsável Técnico da
Arborização Urbana de Nova Prata, RS conduz o manejo vegetal urbano de uma das
cidades mais arborizadas no estado há 7 anos, sem adotar a poda drástica,
conseguindo aos poucos erradicar esta prática com a mudança de mentalidade da população.
quinta-feira, 8 de março de 2018
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Aspaff participa de seminário sobre Unidades de Conservação em Senhor do Bonfim - Ba.
No dia 02 de fevereiro, aconteceu
em Senhor do Bonfim - Ba, no auditório da Universidade Federal do Vale do São
Francisco - UNIVASF o I Seminário Bonfinense sobre Unidades de
Conservação da Natureza.
Representando a Aspaff e o Comitê
da Bacia Hidrográfica do Rio Itapicuru, Richard Silva esteve presente e achou o
evento muito positivo, onde houveram diversas discussões sobre a necessidade de
criar novas Unidades de Conservação na Região, por se tratar de um instrumento
de extrema importância para preservação e conservação da natureza, bem como dos
recursos hídricos, assim como orientações para a criação destas unidades.
Aproveitando a oportunidade,
Richard Silva falou sobre a criação de novas Unidades de Conservação na região,
a exemplo das RPPNs criadas recentemente na região de Jacobina, o que considera
importante para a preservação dos recursos naturais local. Ele também apresentou para todos os presentes o atual momento
crítico que vem passando a Cachoeira Véu de Noiva com os impactos ambientais,
sugerindo também que seja criado uma Unidade de Conservação para proteção daquela localidade. Com este
propósito e perspectivas futuras, Richard Silva pediu apoio a UNIVASF para
solucionar os problemas relacionados aos impactos ambientais na cachoeira Véu de Noiva, tendo uma resposta
positiva por parte da instituição que se dispôs a colaborar no que for
necessário.
A professora Maria Otávia
Crepaldi anunciou na reunião que a Universidade foi recentemente contemplada em
uma chamada pública junto a Unidades de Conservação e estará realizando as
atividades do projeto junto ao Parque Estadual das Sete Passagens onde estarão
previstos também cursos e oficinas com até 100 horas aula, entre elas oficina para formação de Agentes
Ambientais que moram em torno da unidade. Já o Professor Gustavo Negreiros, que
também é membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itapicuru falou sobre a
criação da APA Serra da Jacobina que já está sendo discutido no Comitê e a
importância que ela tem pela disponibilidade hídrica e pela necessidade de
preservar estes mananciais, considerada como a Caixa D´água da Bahia.
Fazendo parte da programação,
alunos da UNIVASF também apresentaram trabalhos referentes a Unidades de
Conservação na região, entre eles foram apresentados trabalhos relacionados a
Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Maria Maria, localizada no
município de Saúde – Ba, como também métodos de avaliação das Unidades de
Conservação, apresentado também pelo Professor Doutor Marco Aurélio Rodrigues
que apresentou o método RAPPAM. - Método para Avaliação Rápida e a
Priorização da Gestão.
Realizado pela UNIVASF, Reconecta
e GEMA, o evento contou com a presença de representantes das Secretarias de
Educação e Cultura, Agricultura e Meio Ambiente do município de Saúde, gestores
da RPPN Maria Maria e ONG Ekokatu - Meio ambiente e Sustentabilidade e também
representantes dos municípios de Senhor do Bonfim e Jacobina com a Secretaria
de Meio Ambiente e ASPAFF Chapada Norte e outras representatividades.
No final do seminário a
Professora Maria Otávia Crepaldi doou para a Aspaff livros para
fazerem parte do acervo da Biblioteca Miguel Gomes de Oliveira, localizada na
Casa de Cultura Pedro José da Silva em Itaitu.
ASCOM/Aspaff
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