A água é um bem da natureza e essencial à vida. Porém, está
a cada dia mais escassa e distante.
O Brasil detém 12% da água doce disponível no mundo, mas a
distribuição é muito desigual. Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm
acesso à água limpa, apenas 40% do esgoto no Brasil é tratado e mais de 70% das
doenças que levam a internações no Sistema Único de Saúde decorrem de contato
com água contaminada. Os principais rios brasileiros apresentam índices
preocupantes de qualidade da água, principalmente, em razão
da legislação que permite a classe de menor restrição a poluentes,
mantendo-os impróprios para usos múltiplos, ou nobres como o abastecimento
humano.
A qualidade da água sofre interferências diversas
decorrentes dos usos do solo, da conservação ou degradação da floresta, do
clima e das atividades econômicas existentes na região da sua bacia hidrográfica,
com impacto no seu equilíbrio e disponibilidade, como: abastecimento público e
consumo humano, sustentação da vida aquática e equilíbrio ambiental, geração de
energia, lazer, irrigação, indústria, navegação, composição da paisagem e do
ambiente, além da diluição de remanescentes de esgotos industriais e
domésticos.
A água é indicador da qualidade ambiental, saúde pública, da
gestão do solo nas cidades e áreas rurais, da conservação de florestas e é o
que melhor sinaliza as mudanças do clima para a sociedade.
A SOS Mata Atlântica luta pela despoluição dos rios da Mata
Atlântica por meio do levantamento de dados da qualidade da água com
voluntários e mobilização da sociedade civil. Atua para proibir a Classe 4 dos
rios brasileiros, que permite a existência de rios mortos. E defende também a
implementação de instrumentos de gestão da Política Nacional de Recursos
Hídricos – PNHR (9.433/97), como os Planos de Bacia e a Cobrança pelo Uso da
Água Rural e Urbana.
https://www.sosma.org.br/nossas-causas/agua-limpa/
Saiba mais sobre o projeto Observando os Rios.
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