Os secretários do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Carlos Fernando
Niedersberg, e de Porto Alegre, Luiz Fernando Záchia, foram presos na
madrugada desta segunda-feira (29) durante operação da Polícia Federal.
Além dos dois, outros 16 suspeitos também foram presos na mesma
operação.
Entre eles estão empresários e consultores especializados na tramitação
de projetos ambientais. Todos estavam sendo investigados desde junho de
2012 por corrupção passiva e ativa, crimes ambientais, lavagem de
dinheiro e falsidade ideológica. Eles são acusados de emitir licenças e
concessões ambientais irregulares, mediante pagamento de propinas.
Um servidor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e dois
da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) foram detidos. As
prisões temporárias valem por cinco dias. A quadrilha só concedia
licenças mediante pagamento de propina – tanto presentes quanto valor monetário.
A Operação executou 29 mandados de busca e apreensão e de prisão
temporária expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. As
ordens judiciais foram cumpridas nos municípios de Porto Alegre,
Taquara, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Caçapava do Sul, Santa Cruz do
Sul, São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, e em Florianópolis (SC).
Pelo menos 30 empreendimentos estão sendo investigados pela PF,
especialmente envolvendo projetos de construção civil e mineração, em
Porto Alegre e no litoral norte do estado. Em alguns casos, segundo a
PF, as licenças eram concedidas em tempo recorde mediante o pagamento de
propina.
Foram apreendidas armas e uma "significativa" quantia em dinheiro
na casa de um servidor preso na operação. A PF espera indiciar pelo
menos 50 pessoas. Peritos da PF de todo o Brasil vão analisar os
processos e instruir o processo, para chegar a um valor monetário da
fraude.
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