O Ministério Público Estadual ajuizou hoje, dia 9, uma Ação Civil Pública Ambiental contra os Municípios de Caldeirão Grande, Saúde e a empresa ZLF Brasil Quartzo Mineração, pedindo a paralisação imediata de pesquisas e extrações minerais realizadas na Serra da Santa Cruz e Serra Branca, localizadas na divisa entre as duas cidades, onde estão localizados remanescentes de Mata Atlântica. Segundo os Promotores Pablo Almeida e Milena Moreschi, autores da ação, no Município de Saúde apenas restam 5,23% da Mata Atlântica original, “o que reforça a necessidade de preservação destes poucos remanescentes”.
O MP requereu, liminarmente, a suspensão dos efeitos da
licença ambiental concedida pelo Município de Caldeirão Grande, por vício de
competência e não observância das normas técnicas, a proibição de os Municípios
concederem novas licenças, a paralisação imediata das atividades de extração e
pesquisa mineral, bem como a apresentação de Plano de Recuperação de Área
Degradada (Prad), com previsão de gastos com recuperação ambiental na ordem de
R$ 225 mil.
O MP requereu ainda que os Municípios de Caldeirão Grande e
Saúde sejam condenados a criar e manter Unidades de Conservação de Proteção
Integral na Serra de Santa Cruz e Serra Branca, na modalidade ‘Monumento Natural’,
instituindo consórcio público, bem como a condenação da empresa e do Município
de Caldeirão Grande, solidariamente, ao pagamento de R$ 1.000.000,00 a título
de indenização pecuniária, pelos prejuízos decorrentes da concessão de licença
sem cumprimento das determinações legais, não realização de EIA – RIMA, não
pagamento da compensação ambiental da leido SNUC, destruição da Toca da
Onça, a ser destinado à criação e estruturação das Unidades deConservação, e
danos morais coletivos, para cada acionado, na ordem de R$ 150.000,00
Cecom/MP - Telefones: (71) 3103-0446 / 0449 / 0448 / 0499 / 6502
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