O Peas - Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade foi uma das condicionantes delimitadas para a realização da obra do sistema integrado de abastecimento de água que beneficiará a cidade de Jacobina - BA, com a água vinda da barragem de Pindobaçu- BA. O programa foi uma iniciativa do extinto INGÁ - Instituto de Gestão das Águas e Clima da Bahia, que nos últimos mêses passou a ser chamado de INEMA - Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia. Logo após esta mudança, o programa ficou sobre a responsabilidade da EMBASA - Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A, que seria a executante final do curso.
Lamentavelmente o curso que tinha como objetivo formar educadores ambientais em torno da região, teve seu final anunciado inesperadamente antes do previsto. O curso que tinha sua carga horária prevista para 120 horas, acabou antes do tempo, passando a ser somente 80 horas, o que causou muita indignação por parte daqueles que estavam participando com compromisso e responsabilidade deste tão importante programa para a região da Chapada Norte.
Os temas em curso, abordavam assuntos relacionados a educação ambiental, que apesar de ser um tema tão importante para as questões que envolvem o meio ambiente em todo o mundo, ainda está fora das grades curriculares das escolas do Brasil. Para os participantes do PEAS, os mesmos ainda tiveram que amargar o descompromisso e o descaso dos gestores responsáveis pelo programa que não se mostraram interessados em formar Educadores Ambientais que lutam em prol do "verdadeiro" desenvolvimento sustentável da nossa região, já que haviam participantes das cidades de Jacobina, Caem e Saúde.
Na última quinta feira (11-08), representantes da Embasa - Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A estiveram presentes no seminário de avaliação do Programa e tentaram explicar este desfecho imprevisível e desagradável de mais um programa que poderia dar certo. Para a conclusão do curso, estava previsto para o último módulo mais (40 horas) que seriam utilizados para a elaboração de projetos que pudessem ser aplicados e realizados nas cidades envolvidas neste processo, sendo assim, a interrupção destes projetos criou uma vasta indignação por parte dos participantes do curso, a exemplo do Grupo Ambiental do Caem que apresentou no seminário um lindo esboço do projeto que seria implantado naquela cidade, mas eles também buscavam uma explicação para este lamentável fato.
A Assistente Social da Embasa, Antonia Suely ainda tentou explicar o fim do curso, mas mesmo assim muitas perguntas ficaram no ar e sem respostas, ficando apenas uma promessa de que este terceiro e último módulo ainda poderá acontecer, mesmo com muita dificuldade.
Estiveram presentes também neste seminário o Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Itapicuru, Paulo Henrique Muricy Nunes Junior e o Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Salitre, Almacks Luís Silva, que também questionavam ao lado dos participantes do programa, tentando também entender este triste fim para o PEAS.
Lamentável saber que não há interesse em promover estas ações que venham trazer melhorias continuas de uma região e programas que visem a inserção da educação ambiental visando o verdadeiro desenvolvimento sustentável, respeitando e cuidando da mãe natureza em todas as esferas. Fica o lamento de todo este processo iniciado e finalizado antecipadamente.
Não é assim que tem que ser quando se faz ações que visem o progresso de uma região e melhorias no âmbito ambiental e social desta tão importante região do Estado da Bahia, o povo quer a educação ambiental em suas vidas, de forma integra, séria e comprometida, visando cuidar dos nosso recursos naturais e da sua preservação e conservação desta área tão rica em recursos hídricos.
"O GRUPO PEAS 2011 NÃO PARA POR AÍ"
Caros amigos participantes do PEAS,
ResponderExcluirComo sabem, participei como colaborador dos 2 primeiros módulos do PEAS e, afirmo que fiquei muito satisfeito com o nível de compromisso assumido por todos que lá estiveram.
Por mais estranho que pareça, penso que a qualidade dos resultados apresentados pelos futuros educadores ambientais, tenham colaborado com a referida interrupção. EU EXPLICO:
É sabido por todos que, o referido programa, tinha como principal fundamento, uma educação ambiental crítica e, sendo assim, os responsáveis pela implementação do mesmo, conseguiram arraigar esta essência, em todos que participantes do evento.
É importante destacar que, nem todos os membros do Governo do Estado, corroboram com esta premissa, pois, como todo SER medíocre, pensa um dia poder controlar o pensamento e as ações humanas.
Com a sociedade de Jacobina, Caém e Saúde parece não ser diferente. Acredito que os educadores ambientais que ora representam a EMBASA, talvez não acreditem na liberdade de escolha, que cada cidadão tem direito.
Governos passam, cargos comissionados passam, contudo, somente aqueles que aproveitaram do PEAS, em seus 2 módulos, adquiriram conhecimento fundamental para fortalecer sua participação democrática, em prol do meio Ambiente.
Não será a 1ª, nem a última vez que as moscas teimam em ocupar os espaços das abelhas, entretanto, neste caso específico, elas chegaram tarde demais, pois, o posicionamento dos educadores ambientais, em relação à forma desrespeitosa, como o programa foi encerrado mostra o nível crítico desses cidadãos.
Para finalizar, afirmo que minha singela participação não foi porque acreditei no programa PEAS, mas sim, porque sempre acreditei e, continuo acreditando nas pessoas e, em especial, nas que participaram do evento.
Um grande abraço a todos e nunca esqueçam...
"A força do opressor, reside na consciência do oprimido" (P. Freire)
Att.:
Ademário Dias